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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Exame de DNA permite dieta e exercícios personalizados






Buscar orientações de um especialista para malhar e controlar a alimentação já não basta para quem faz de tudo para ter corpo e saúde perfeitos. Um teste genético que vasculha o DNA e, a partir daí, indica quais são os tipos de dieta e de exercícios mais adequados para cada pessoa é o novo queridinho de quem está focado em obter os melhores resultados possíveis. O exame já virou moda entre artistas e atletas — a exemplo de Juliana Knust, Jackson Antunes, Vitor Belfort e Anderson Silva — e começa a se difundir entre anônimos.
Pioneiro no uso desse tipo de teste no Brasil, desde 2011, o endocrinologista Tércio Rocha diz que o preço ainda é um empecilho à popularização do método: uma análise pode custar de R$ 1.800 a R$ 5.000, da mais simples à mais completa. 

No entanto, o investimento compensa pelo fato de dar o “mapa do tesouro” para se chegar onde quiser.
— O exame é indicado para pacientes que já fizeram de tudo e nada mais dá certo, seja para emagrecer ou ganhar massa muscular, por exemplo. Um plano de alimentação e exercícios feito em cima dos resultados do teste não tem como dar errado, porque não existe nada mais apropriado para uma pessoa do que o que diz respeito à sua própria genética — explica o médico.
Foi o que sentiu na pele a atriz Juliana Knust, de 32 anos. Embora já estivesse sendo assistida por uma nutricionista, ela resolveu mapear o DNA para direcionar ainda mais o treino e a dieta em prol da saúde.

O laudo apontou dificuldade na metabolização de carboidratos e cafeína, que passaram a ser evitados, e uma melhor resposta do organismo a exercícios aeróbicos, já que os genes de Juliana indicam facilidade grande na recuperação do peso perdido e risco para doenças cardíacas.

— Consegui reduzir em 3% a gordura corporal e ganhei dois quilos de massa muscular. Me sinto outra pessoa, minha disposição aumentou muito. Até a rinite alérgica foi embora — conta a atriz.

Nos casos como o de Juliana, em que os genes indicam melhor adaptabilidade a atividades físicas aeróbicas, os pacientes são orientados a investir em corrida, caminhada, bicicleta e lutas. Quando o organismo se adéqua mais a exercícios anaeróbicos, recomendam-se treinos como os de musculação, por exemplo.



Uso tende a crescer
O ortopedista, traumatologista do esporte e médico ortomolecular Márcio Tannure diz que, para atletas de alta performance, as conquistas na era da preparação física feita com ajuda de testes genéticos têm se mostrado muito superiores — a ponto de fazer diferença entre a medalha de ouro e a de prata.

Por isso, acredita-se que o uso desses exames só tende a crescer nos próximos anos. A utilização da ferramenta também deve inaugurar uma nova forma de trabalho para os profissionais de saúde. Isso porque, embora não sejam indispensáveis, testes genéticos servem como recurso facilitador não só para pacientes, mas também para especialistas.

— Por meio deles, conseguimos montar o cardápio mais personalizado possível. Se, por exemplo, o exame indica que o paladar do paciente não aceita bem o sabor de vegetais verde-escuros, mas precisa das vitaminas deles, montamos uma dieta de maneira que esses ingredientes estejam presentes sem a pessoa perceber — diz a nutricionista ortomolecular Giovana Morbi, que trabalha com o método em São Paulo.

Para a nutricionista Natália Eudes, doutora em nutrição pela USP, por mais que os laudos dos testes genéticos sejam detalhados, a chave do sucesso no emprego da técnica é a interpretação dos resultados por especialistas capacitados.

— Além disso, é essencial que se conheça bem o histórico do paciente — pondera.



Fonte: extra.globo.com
Jornalista: Camila Muniz

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